Estórias e Contos Tradicionais Portugueses
A ponte de Arame
A Ponte de Arame sobre o Rio Tâmega liga as freguesias de Ribeira de Pena e Santo Aleixo d’Além Tâmega. É uma construção do século XX, datada de 1913, e deveu-se à necessidade de ligação entre as duas margens ao longo do Inverno, quando o caudal do Tâmega encobre as diversas poldras e açudes e torna a travessia por barca perigosa.
Quando esta ponte foi construída, apenas existia nas proximidades um pontão entre Balteiro e Viela, o Ponderado, que facilmente fica submerso impedindo a ligação entre os habitantes das duas margens.
Trata-se de uma ponte de madeira suspensa em cabos de arame retorcido, hoje substituídos por cabos de aço, com portais de pedra em ambas as margens.
A sua travessia, devido a estas características, revela-se uma experiência inesquecível, complementada pela paisagem bucólica que o Rio Tâmega oferece.
Foi uma travessia importante até à construção da nova ponte de pedra em 1963, cem metros a montante, que serve hoje a E.M. 312.
De acordo com a lenda, a sua construção foi motivada pela falta de bacalhau por altura da Consoada, num ano em que o rio impossibilitou o seu fornecimento.
Foi então engendrado um plano para a colocação de uma corda a ligar as duas margens, que possibilitaria o fornecimento do desejado bacalhau por meio de uma roldana.
A tentativa de ligar as margens, no entanto, terá saído gorada pela falta de potência dos foguetes utilizados para lançar a corda, ou a falta de engenho dos intervenientes de então.
Ex-líbris do concelho, é um local de passagem obrigatório e integra o Roteiro Camiliano em Ribeira de Pena.
Ditos, Ditados e Provérbios Portugueses
“Em Abril, lavra as altas, mesmo com água pelo machil.”
“Em Abril, vai onde deves ir, mas volta ao teu cuvil.”
“Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.”
“Não há mês mais irritado do que Abril zangado.”
“No princípio ou no fim, costuma Abril a ser ruim.”
“Quando vem Março ventoso, Abril sai chuvoso.”
Sugestão de Culinária
Bolo de Ananás
Ingredientes:
- 3 colheres de sopa de caramelo líquido
- 7 rodelas de ananás em calda
- 7 cerejas em calda (não usei)
- 250gr de manteiga
- 300gr de açúcar
- 5 ovos
- limão (raspa)
- 290gr de farinha Branca de Neve
- 1 colher (chá) de fermento em pó
Preparação:
Unte uma forma de 23 cm e forre o fundo com papel vegetal. Unte-o e polvilhe tudo com farinha.
Coloque o caramelo no fundo e as rodelas de ananás.
No centro de cada coloque uma cereja e reserve.
Misture bem a manteiga com o açúcar até deixar de sentir o granulado.
Junte-lhes os ovos e a raspa de limão.
Por fim, junte-lhes a farinha peneirada com o fermento e coloque a massa por cima do ananás.
Leve a cozer no forno a 190ºC, por 40 minutos.
Retire depois de cozido, deixe arrefecer bem e vire para um prato de servir.
Poesia
A chuva
Gostámos de ti, ó chuva, de Primavera,
Dizendo coisas que só nós entendemos!
A tua delicadeza nos surpreende
Num gesto
Cai a chuva de mansinho
Da janela ouvimos sussurrar
A nossa Universidade promete
Que veio para ficar
Ó chuva que aquece
Ó chuva que arrefece
Ó chuva que entranha
Nos Corações de quem lhe apetece
A chuva é a água do rio Tâmega
É como a água da fonte
Corre, corre sem parar
Nas serras de Trás- os - Montes
Sugestão de Fim de Semana / O que visitar na minha Cidade?
Caminhada Trilho do Ourigo
O trilho do Ourigo é um percurso de pequena rota (PR) de tipologia circular, com início e fim em Montalegre.
Passa por diversos pontos de interesse, entre os quais caminhos antigos dos pastores e por núcleos rurais de Torgueda da Chã, Castanheira de Chã, Cambeses do Rio e o famoso Fojo do Lobo do Avelar, que consiste numa armadilha de caça para lobos.
Coberto de vegetação e formado por duas paredes de pedra que convergem para um buraco empedrado com cerca de 2 metros de altura, recordando os tempos em que o lobo era temido na serra.
É um percurso maioritariamente florestal, que nos faz atravessar paisagens verdejantes, áreas de carvalhal, manchas de arvoredo autóctone e campos de cultura.
Podemos ser surpreendidos por uma enorme diversidade de aves florestais e de rapina, assim como, de mamíferos (açor, o gavião, o pica-pau, águia-de-asa-redonda e a águia-cobreira o corço, o lobo, a geneta e o esquilo).
É de realçar, também, os contatos geológicos que este percurso nos proporciona, com especial destaque para as alternâncias entre o xisto e o granito ao longo do percurso.
Ponto de encontro:
9H00 Capela de Nossa Senhora das Treburas
Coord. GPS: 41°48'20.28"N ; 7°48'3.62"W
Duração:
8h | 18 km
Dificuldade:
Médio / Alto
8 euros por pessoa 6 euros associados Bastomove.te
Inclui:
Seguro, Reforço alimentar,
Guia local
Nota:
Trazer almoço leve para meio da caminhada
Pagamento:
No local de encontro
Inscrições obrigatórias até dia 1 de Maio através:
Ficha de Inscrição: http://goo.gl/forms/0NmjlPwUgV
natourtracks@gmail.com
ou através do 918839027
Foto da Semana